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Como o Business Model Canvas pode ajudar os negócios de impacto 

16 de dezembro de 2024

Sexto módulo do Motirõ apresenta ferramentas que ajudam empreendedores na construção de modelos de negócio de forma dinâmica e eficiente 

 

A segunda semana de dezembro, no Motirõ, foi dedicada à discussão do módulo sobre Modelo de Negócios, o sexto deste primeiro ciclo. Com atividades no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e no parque Tecnológico de BH, o BH-TEC, as discussões foram conduzidas pela professora Ana Liddy, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG. 

 

Liddy apresentou aos participantes as premissas de um modelo de negócios eficiente e disponibilizou algumas ferramentas que auxiliam os empreendedores no desenvolvimento dessa diretriz organizacional. Segundo a professora, no contexto de startups e negócios de impacto, o “ambiente em constante mudança” demanda formas mais dinâmicas de visualização de um modelo de negócios do que as metodologias tradicionais. 

 

Como exemplo, o Business Model Canvas (BMC) foi detalhado. Trata-se de uma disposição visual, em tela única, dos aspectos fundamentais para a construção de um modelo de negócios. Assim, colaborativamente, gestores e equipe refletem e preenchem cada um dos campos, de acordo com a realidade do negócio. 

 

O mapa está estruturado em nove blocos, que foram detalhados por Liddy ao longo dos encontros: segmentos de cliente, proposta de valor, canais, relacionamento com cliente, fontes de receita, recursos principais, atividades-chave, parcerias principais e estrutura de custo. “É muito interessante como um bloco se relaciona com todos os demais. Esse movimento constante de olhar para a parte e para o todo, para o todo e a parte, que permite consolidar e engajar os envolvidos no propósito do negócio”, afirma Liddy. 

 

Nas atividades práticas, os presentes foram convidados a iniciar o desenvolvimento dos BMCs de suas empresas e a realizar análise das oportunidades e das ameaças das características descritas no mapa. 

 

Além disso, os participantes puderam conhecer melhor o Modelo C que, de acordo com Liddy, tem mais afinidade com os negócios de impacto. Criado com elementos do BMC e da Teoria da Mudança, o Modelo C foi desenvolvido para ser uma proposta “completa, compreensível, colaborativa, constante e de conteúdo vivo”, conforme está destacado no guia oficial da ferramenta, disponível aqui.  

 

Assim como o BMC, o modelo C pode ser gerado e gerenciado de forma rápida e com pouco esforço, além de estimular o trabalho colaborativo. Mas, como incorpora elementos da Teoria da Mudança, não discute apenas os aspectos gerenciais de um negócio. Além dos fluxos do negócio presentes no BMC, como oportunidade de mercado, características dos clientes, proposta de valor e fontes de receita, o modelo C agrega, também em uma única tela, visões tanto sobre as condições que a organização dispõe para realizar seu propósito, quanto reflexões sobre o problema social que se propõe solucionar. 

 

Imagens: Eduardo Gabão

 

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