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A hora da mudança 

22 de novembro de 2024

O módulo 3 do Motirõ foi dedicado à discussão da Teoria de Mudança, uma ferramenta muito importante que pode potencializar os impactos socioambientais de um negócio 

 

Nesta semana, os participantes do Motirõ foram provocados a mudar. A professora da Fundação Dom Cabral e consultora da Din4mo, Gabriela Reis, conduziu atividades práticas e debates sobre uma metodologia essencial para os negócios de impacto: a Teoria de Mudança. Os encontros aconteceram no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais e na sede da Fundepar, em Belo Horizonte. 

 

A Teoria de Mudança é um conjunto de ferramentas que fornece a gestores e empreendedores formas de transformar ideias, anseios e desejos em etapas concretas, por meio de uma lógica que ajuda a desenhar o caminho entre um problema socioambiental e um futuro melhor. “As pessoas precisam se apaixonar pela resolução de um problema e não só pela solução que já oferecem”, destaca Gabriela Reis. 

 

De acordo com a especialista, priorizar a busca pela resolução de um problema socioambiental pode implicar em adaptações e, por isso, estar apegado ao produto ou serviço já desenvolvido pode tornar o trajeto mais tortuoso. A Teoria de Mudança oferece uma visualização clara e lógica do que pode ser feito para resolver um desafio posto. 

 

O processo é baseado em quatro fases, detalhadas ao longo da semana: compreensão do contexto do problema, explicitação das mudanças necessárias, levantamento de ações geradoras de mudança e monitoramento para refinar o impacto. O objetivo é entender – e colocar no papel – todos os detalhes de um problema socioambiental, pensar quem são as pessoas e entidades envolvidas naquele contexto, as ações que podem ajudar a transformar a situação e quais indicadores podem mensurar as transformações geradas. 

 

Os indicadores e as estratégias de mensuração dos resultados receberam um destaque especial. Segundo Reis, esse é um aspecto importante porque é a possibilidade de os empreendedores se conectarem com a lógica e a linguagem do “mercado”. Pensar bons KPIs (Key Performance Indicators ou, em português, Indicadores-Chave de Desempenho), de acordo com ela, pode demonstrar resultados concretos e, então, oferecer diferenciais ao negócio na análise de investidores e parceiros. 

 

Nas atividades práticas, os participantes foram provocados a iniciar a elaboração de Teorias de Mudança sobre suas próprias iniciativas.  Para a especialista, o mais importante é lembrar que o processo envolve deixar de reagir e propor novos caminhos. “Primeiro, devemos pensar o futuro que queremos e, a partir disso, traçar o que precisamos fazer para chegar lá. Assim, poderemos sair da posição de apenas responder às crises que vivemos em tantos sentidos para, de fato, construir a mudança”, resumiu Reis. 

 

Como material de referência de aprofundamento, a professora citou o Modelo C, elaborado pelo Inovação em Cidadania Empresarial e parceiros, que pode ser acessado clicando aqui 

 

Imagens: Eduardo Gabão.

 

Veja o depoimento de Gabriela Reis sobre as vantagens da Teoria de Mudança para os negócios de impacto, clicando aqui.

 

 

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