Último módulo da Formação em Negócios de Impacto e dos workshops do primeiro ciclo Motirõ debateu como as empresas podem definir o momento certo para captar recursos e explorou estratégias para se construir um bom pitch
Muitos empreendedores entendem a captação de recursos como uma das ferramentas mais potentes para potencializar seus negócios. Por isso, foi essencial encerrar o ciclo de módulos da formação e aceleração de empresas deste primeiro ciclo do Motirõ com a discussão sobre o funcionamento do venture capital e o processo de captação de recursos.
Antes de bater à porta de um possível investidor, empreendedoras e empreendedores têm um profundo e detalhado processo de análise de seus próprios negócios para realizar. Como se preparar para esse momento foi o tema do encontro do início da semana, conduzido pelo diretor executivo da Fundepar, Carlos Lopes. “O desenvolvimento de uma empresa é uma jornada cheia de etapas. O processo pode ser longo e saber exatamente em que estágio seu negócio está é fundamental”, afirma Lopes.
Cada investidor, seja um fundo ou não, possui certos critérios para definir em quem irá investir. Esses critérios são as “teses de investimento”. Por outro lado, cada negócio ou empresa precisa de um tipo de investimento em cada momento do seu ciclo de vida: recursos para aumentar capacidade produtiva, para investir em pesquisa e desenvolvimento, para alcançar novos mercados etc. Conciliar as duas pontas desse processo aumenta as chances de conseguir os recursos desejado, explica Lopes.
Outro ponto de atenção destacado no encontro foi a importância de evidenciar, com clareza para os investidores, os objetivos que serão alcançados com o investimento, quais serão as formas de acompanhar esses objetivos e o tempo esperado até que essa conquista seja alcançada.
“No geral, os investidores aportam recursos buscando o desenvolvimento do negócio e, assim, além dos resultados positivos inerentes ao sucesso do próprio negócio, esperam que futuramente seja vantajoso vender a participação que adquiriram”, detalha Lopes. Por isso, demonstrar para o investidor todo esse percurso, assim como as estratégias de mitigação de riscos é muito importante.
Nessa linha, durante o módulo também ocorreu um workshop sobre como melhorar a apresentação para investidores de um negócio, o chamado pitch. A especialista em inovação da Biominas Brasil, Gabriela Arruda conduziu o momento, estimulando empreendedoras e empreendedores a saírem da zona de contorto e a refletir sobre as principais informações de seus projetos. Foram apresentados formatos diferentes de pitch para situações rápidas ou mais detalhadas, com bastante dinâmica e interação.
Finalmente, o CEO e fundador da Colibri Interfaces e Tecnologia, Adriano Rabelo Assis, compartilhou parte da trajetória de empreendedor até aqui. A Colibri é uma startup que produz um “mouse de cabeça, vestível e sem fios”, que promove mais acessibilidade para pessoas com dificuldades no uso das mãos. Sem romantismos, mas com muito propósito, Rabelo relembrou dificuldades e adaptações que foram necessárias na empresa para que ela pudesse continuar crescendo ao longo dos últimos anos.
Confira a apresentação sobre pitch, clicando aqui.
Imagens: Eduardo Gabão










