Startup investida da Fundepar produz solução nanotecnológica comestível e atóxica que preserva e protege alimentos pós-colheita
Na sexta (17), a NanoFood fez o lançamento da primeira planta piloto de produção da empresa em Ouro Branco (MG). A startup é uma das investidas da Fundepar e desenvolveu um revestimento líquido capaz de aumentar a vida útil de alimentos após a colheita. O objetivo é diminuir o desperdício e aumentar a eficiência da cadeia produtiva da indústria alimentícia.
A NanoFood surgiu dentro do ecossistema de inovação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), no campus Alto Paraopeba, e o lançamento foi feito no OuroHub, o polo de inovação do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). “Existe um gap entre a quantidade de conhecimento que nosso país produz e nossa posição no ranking de inovação comercial. A NanoFood é um exemplo de como vale a pena, cada vez mais, acreditar e investir em nossos empreendedores”, afirma Carlos Lopes, diretor executivo da Fundepar, que esteve presente no lançamento.
Também foi enfatizado, durante o encontro, o potencial na diversificação econômica que investimentos como esse podem gerar. Uma região historicamente baseada nas atividades de mineração e siderurgia, agora, possui uma planta piloto de produtos tecnológicos que ainda colabora na geração de empregos qualificados e na retenção de pesquisadores.
Durante o evento, o revestimento desenvolvido foi apresentado, comparando a durabilidade de alimentos com e sem a solução. Frutas como goiaba e maçã, mantinham-se frescas 12 dias após a aplicação e outras, como manga e laranja, preservavam suas características mesmo 37 dias depois de terem sido revestidas com o produto inovador. De acordo com a NanoFood, é possível aumentar em até 3 vezes mais a durabilidade dos alimentos.
Além de representantes da ABRAFRUTAS, UFSJ, IFMG e Fundepar, também estiveram presentes integrantes do governo do estado de Minas Gerais, da prefeitura de Ouro Branco, da prefeitura de Congonhas, dentre outros. A importância de fazer o conhecimento científico transbordar o espaço de pesquisa e chegar à vida das pessoas foi destacado pelos convidados.
“Estamos muito felizes nossos resultados e com as conexões que foram feitas hoje. Ficou ainda mais clara a necessidade e a importância de sempre estreitar os laços entre as diferentes hélices do ecossistema de inovação e de empreendedorismo”, sintetizou o professor e fundador da NanoFood, Igor Boggione.


